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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A PROBLEMÁTICA EDUCACIONAL A EMOÇÃO COMO PROCESSO FUNDAMENTAL PARA A APRENDIZAGEM

RESUMO
Sempre ouvimos no meio educacional discurso que impediram a inserção da Psicanálise no seu meio, como se a mesma fosse algo distante do que entendemos sobre o ato de educar. Hoje, já percebemos mesmo que timidamente as teorias psicanalíticas rodeando o meio educacional com muita propriedade. Embora Educação e Psicanálise pertencerem a campos de saberes diferentes em sua essência não está distante no que diz respeito ao seu objeto de estudo, a saber, emoções, cognição, pulsões, sujeito. Dito isto entendemos que é possível a interação entre os dois campos que são tão fascinantes e, que apenas aparentemente distantes são passíveis de uma interlocução teórica e prática. A Psicanálise que se apropria da fundamentação do inconsciente, e a educação entendam-se como modelo educacional na forma consciente como se processam os conhecimentos sob formas e modelos pré-estabelecidos socialmente.
Quando nos permitimos refletir sobre o assunto sem estar arraigados aos nossos conceitos adquiridos na nossa formação primeira (entenda-se a imatura ainda), podemos perceber que a psicanálise pode nos ajudar a entender muitas de nossas ações, nossa própria história e nossas neuroses.
É preciso que percebamos o objetivo que o modelo psicanalítico apresenta para os educadores, uma percepção de fatos emocionais e racionais que circulam no meio das relações sociais.


PALAVRAS – CHAVES: Educação, Problemática, Transferência e Psicanálise.

Paula Maria Grave Lima é graduada em Letras com Inglês, Bacharel em Psicanálise Clínica, especialista em Programação de Ensino, Supervisão Educacional, Psicopedagogia Clínica, Teoria Psicanalítica, graduanda em Teologia Reformada e mestranda em Ciências da Educação pela UTIC e Faculdade João Calvino.




1 - Introdução

                  Muito de nós estamos preocupados profundamente para que a Educação para Exultação não ignore ou marginalize relacionamentos de amor. Eles são essenciais numa educação real, duradoura e transformadoras de vidas.
                  Uma conexão entre educação e amor mais precisamente relação dual voltada para tudo o que entendemos a que serve o amor, do que nós entendemos é que ele é algo maravilhoso, gostoso de sentir e que causa prazer, este último razão de querermos sempre está amando – o gozo perpétuo.
                Por isso buscamos cada vez mais nas nossas relações está próximo da pessoa amada, do objeto de amor que muito desejado. Em algumas situações, escorregadio mas, sempre amor.
               Distanciamos-nos desse pensamento quando pensamos sobre educação, logo, nos vem à ideia do saber pelo saber, do puro saber fazer e acontecer o fazer. Não nos damos conta de que toda ação de aprendizagem deve partir de um desejo, e, este, consequentemente gerar a aprendizagem.
             Pensar em uma conexão entre psicanálise e educação ainda gera uma tempestade de ideias e reflexão sobre tal possibilidade, embora os dois campos sejam diferentes a começar pelos objetos de interesse e pelos sujeitos que demandam esses saberes.
             Sabemos que o objeto de interesse da psicanálise é o inconsciente e o funcionamento do aparelho psíquico, e o objeto de interesse da educação é o conhecimento universal. Logo, o psicanalista é o que analisa as demandas trazidas pelo seu paciente, e o professor, então o educador, o que têm por função educar. Para educação o foco central dos problemas de aprendizagem quase sempre é o aluno.
Dito isto precisamos entender antes de falarmos em limites, problemas educacionais, sociais, em relação aos alunos ou às suas dificuldades de aprendizagem e outros que quando falamos em educação possam vir a nossa mente, precisamos entender rever algumas questões afins.
            O professor que desejar ir mais além de ensinar, ou seja, educar com prazer, deve também desejar “beber na fonte” da psicanálise como sugere Kupfer(1997), logo ele estará sendo convidado a rever seus conceitos e postura ética de como utilizará esses conhecimentos em sua prática educativa.
             A muito a psicanálise se constitui em conhecimento novo, ela pode até não fazer o papel da educação também não pode ser considerada a salvação para os problemas educacionais, mas, pode auxiliar no conhecimento do funcionamento mental e inconsciente dos sujeitos envolvidos nesse processo “o trabalho da educação é algo sui generis: não deve ser confundido com a influência psicanalítica e não pode ser substituído por ela” (Freud, 1976 p.342).
             Segundo Filloux, a psicanálise se apresenta ao mesmo tempo como uma prática (a cura analítica) e um saber (o corpus dos conhecimentos analíticos). A pedagogia refere-se de seu lado seja a prática, seja a teorias ou teorização da prática (1999, p.9). Ainda como enfatiza Millot : Freud com conhecimento de causa, afirmava que era preciso incluir a psicanálise entre as profissões impossíveis, ao lado da educação e da arte de governar. As três repousam sobre os poderes que um homem pode exercer sobre o outro mediante a palavra, e as três encontram os limites de sua ação… no fato de que não se submete o Inconsciente - pois é ele que nos sujeita (1987, p.151).
              Numa visão mais romântica, Couto (2003) traduz vários significados da sedução e a tarefa de educar sob a ótica da psicanálise e da educação como o de ponte tornando o conhecimento sedutor possível, apostando numa educação que precise se desconstruir para construir.
              Desse jeito então podemos ver que a educação é apenas o caminho, não a chegada. É um encontro com as diferenças, não com as semelhanças, é onde a linguagem sustenta os sujeitos desejantes nas figuras do educador e do educando, onde as contradições e antíteses permeiam toda relação de amor e ódio, real e simbólico, ideal e único, desejo e medo do saber, boa e má qualidade de educação, soluções e problemas de aprendizagem, psicanálise e educação…
              Infelizmente ainda a pedagogia tenta ignorar a realidade da condição humana, esperando que o aluno seja um ser ideal enquadrado em normas que acredita, o façam aprender, enquanto que a psicanálise aponta para essa realidade.


2- O conhecimento é o objeto de desejo que circula entre professor e aluno.

             Segundo a psicanálise, o desejo de saber origina-se da curiosidade sexual. A atividade intelectual depende da sublimação e da identificação com o professor que tem papel fundamental em despertar o desejo.
               A substituição na vida mental do aluno, de alguém do passado dele pela figura do professor, assim este pode tornar-se a figura a quem são endereçados os interesses de seus alunos por que é o objeto de uma transferência.
              Os educadores investidos da relação afetiva primitivamente dirigida ao pai se beneficiarão da influência que esse último exercia sobre a criança.
              Para Freud a origem da pulsão do saber ou epistemofílica, permite o sujeito ter o objeto de conhecimento como satisfação ou prazer, do contrário, causa sofrimento psíquico de acordo com a falta do objeto do desejo.
              O pensamento se constitui na relação com o outro, e o inconsciente é estruturado na linguagem segundo Lacan. Além disso, afirma que o desejo do sujeito é o desejo do Outro.
              O desejo de saber é uma dívida impagável materialmente, em relação ao Outro, pois é uma dívida simbólica, eis a questão de onde se sustenta a relação entre professor e aluno, ou seja, o professor tem algo que o aluno não tem e que o interessa muito, porém esse algo precisa ter sido apresentado de forma sedutora. Para o aluno, o professor é aquele que sabe, que detém o conhecimento e o poder e o professor precisa saber disso para se colocar no lugar de conhecedor de convicções aceitas e compartilhadas culturalmente e socialmente, para aí sim, passar a ser mediador entre o aluno e o conhecimento. Esse é o verdadeiro papel do professor. Por ser marcado pela linguagem e expresso pelo registro simbólico, esse conhecimento não é absoluto podendo ser ampliado e até modificado.
               Declara Almeida (1998), “a criança somente se constituirá como sujeito através do Outro, que acolhe a sua palavra e reconhece o seu desejo”, e é por isso que o educador precisa estar atento aos “ditos e não ditos” pela criança, para conhecer verdadeiramente seu desejo. Mais adiante, afirma “que o papel do outro social, representado pelo educador… é de fundamental importância no processo de transmissão (ensino) e aquisição (aprendizagem) do conhecimento”. O professor é o mediador desse processo que se dá na relação triangular.
                 Então precisamos entender que a subjetividade dessa relação entre professor-aluno-conhecimento se evidencia no aspecto transferencial onde o “aluno-falo” se submete a Lei do desejo do professor ou “professor-falo”, quando o aluno o toma como aquele que detém o saber e o poder. Por isso, o professor tem que tomar conhecimento dessas duas posições e ser o mediador entre o aluno e o conhecimento. Quando isso não acontece a relação torna-se perversa e cheia de conflitos, pois o professor não tendo conhecimento  sobre o assunto está fadado a ser um ditador ou uma bobo da corte na relação dual em questão. Cabe ao professor não se acomodar, pois há muito que se estudar sobre as relações intersubjetivas de todos os segmentos envolvidos no processo educativo.
              A psicanálise pode ajudar o educador a tomar consciência de seu papel e da importância da transferência na relação e adotar uma postura reflexiva quanto ao exercício de sua função de educar. Essa atitude se dará através da linguagem que é o meio de incutir a cultura no Outro desejante.
                Como já foi pensado por Freud, o ideal é que todo professor pudesse se beneficiar da análise.
                 Lacan reflete e marca quando cita que “o desejo só pode surgir na relação com o Outro” (J. Dor, 1989, p. 144). Desejo este que “se inscreve sempre entre a demanda e a necessidade” (p.145). Nisto, o sujeito é tentado a buscar a significação de seu desejo. ”Reconhecer a falta no Outro como algo impossível de ser preenchido atesta que a criança aceita a falta no processo de seu próprio desejo” (p.147). É por isso que a educação é  incompleta: a busca pela satisfação, gozo pleno perdido na relação mãe-bebê, impossível de ser reconquistada novamente.
                Devemos então através dos diversos recursos e formação continuada informar aos educadores a importância de eles saberem sobre a influência existente entre os acontecimentos dos primeiros anos de infância e os comportamentos atuais de seus alunos, a luz da psicanálise, pois, “nenhuma das formações mentais infantis perece” (Freud, 1975, p. 224). Devemos em primeiro lugar, entender a nossa infância, e aí sim, partir para desvendar os mistérios das mentes dos nossos alunos, só assim, compreenderemos realmente o nosso verdadeiro papel e a função de educador.
            Freud já via a educação como fábrica de neurose, onde o preço é a perda do prazer pago pelo educador que a considera “normal”. É preciso se fazer uma educação iluminada por uma psicanálise que esclareça esses pontos.  Para alguns autores, o professor deve confrontar-se com sua própria infância, pois só assim poderá compreender a criança.
  “Só poderá ser pedagogo quem se encontre capacitado para infundir-se na alma infantil, e nós outros, os adultos, não compreendemos nossa própria infância”.
                                                                                                                     Freud
             Podemos então concluir que o ato educativo em si é violento e fracassado: violento, pois desde o início da inserção da criança na escola, quase tudo é artificial ou obrigatório como os próprios conteúdos, regras, filas, horários e avaliações, porque o sujeito é por si só ineducável, “pois perseguem como ‘vícios’ todas as suas manifestações sexuais, mesmo que não possam fazer muita coisa com elas”, como afirma Freud (1975, p.167).
              Se formos mais além podemos até  dizer que a própria organização da escola é uma violência contra o que de natural a criança viveu até a sua entrada perdendo toda a sua simplicidade, submetendo-se a normas e regras, isto tudo tem função de defesa contra a ansiedade, desejando a falência das pulsões e dando oportunidades do professor de exercer o seu poder, por outro lado, favorece as questões transferenciais e de identificação da rede de relacionamentos e papéis.
               Millot cita que “A educação é em si mesma repressiva e violenta”, fazendo referência ao Futuro de uma ilusão e o Mal-estar na civilização de Freud, visando adaptar a criança ao que é aceito socialmente. Ela precisa aprender desde cedo a dominar seus instintos e não ter liberdade total. A educação deve procurar um ponto ótimo de ser a mais benéfica e traumatize somente o necessário para a criança se defender. O complexo de Édipo é que realiza a estrutura psíquica, segundo a autora, “é a existência da proibição do incesto o que funda a tese freudiana da natureza essencialmente repressiva da civilização, bem como a da educação” (1987, pp.121 e 122).
Almeida expressa:
               Coloca-se, dessa forma, o desafio que a psicanálise faz à educação: encontrar um optimum de educação, de sorte que ela se torne mais benéfica do que maléfica; que ela possa orientar a criança no controle de suas pulsões sem que, para isto, engendre necessariamente a neurose; que a educação psicanaliticamente esclarecida beneficie, em primeiro plano, os próprios educadores, sem torná-los, no entanto, um Outro absoluto ou um esvaziado de todo e qualquer sentido (1994, p.30).
                Para alguns autores, a contribuição da psicanálise à educação seria a descoberta do seu poder antagônico de ser nociva e ao mesmo tempo necessária. O educador pode aprender com a psicanálise a refletir sobre sua prática pedagógica, e isto já deveria está acontecendo visto que temos vivenciado uma educação perversa e sem objetivos claros.
            Os educadores não se dão conta de que em pouco tempo, uma criança precisa assimilar a cultura de uma sociedade que levou milhares de anos para se constituir, além, é claro, de ter que controlar seus instintos e se adaptar socialmente. Eis a perversão da situação. Essa é a primeira tarefa da educação: fazer com que a criança se enquadre no padrão esperado. “Assim, a educação tem de escolher seu caminho entre o Sila da não-interferência e o Caríbdis da frustração… deve-se descobrir um ponto ótimo que possibilite à educação atingir o máximo com o mínimo de dano. Será, portanto uma questão de decidir quanto proibir, em que hora e por que meios” (Freud, 1933, p.182).
             Sendo assim o educador está diante de um grande problema: conhecer a individualidade psíquica de cada criança, reconhecer o que se passa em sua mente através de pequenos gestos que deixam transparecer; dar-lhe amor e ser autoridade ao mesmo tempo. Para facilitar a resolução desse problema, seria necessária a formação psicanalítica, além da medida profilática, a análise de professores. Isto realmente seria algo que poderia colaborar e muito com o ato de educar, e, não apenas educar, mas, fazê-lo com consciência de seu verdadeiro papel enquanto educador.
            Para Charles Melman, a relação com a educação é ambígua, pois a amamos já que devemos muito a ela e concomitantemente a odiamos por ela fracassar conosco. Essa é uma questão estrutural.

Escreve Almeida que:
                 Se é verdade que o professor se confronta, de fato, na prática pedagógica, com o real de educação, no sentido de impossibilidade de qualquer garantia de uma ‘ boa educação’, o  aluno se confronta com o real do desejo de saber sempre insatisfeito (1998, p. )
                 E de fato, a impossibilidade de uma” boa educação”, completa e segura, não existe, pois o objeto de desejo nunca será satisfeito, até porque só o objeto simbólico pode produzir efeitos de significação. Nem por isso cabe ao professor a função de desencadear a sublimação, por esta ser inconsciente. Mas, ele poderia pelo menos abrir um espaço de escuta do desejo do aluno, que se desenvolverá resignificando a perda do objeto imaginário por objetos pertencentes à cultura de maneira geral, não pertencente a alguém em particular.      Numa relação de perder-ganhar-reconquistar, num ciclo que permite inúmeras possibilidades.
                 A falta é estrutural e faz parte do sujeito, do desejo. É uma falta impossível de ser preenchida por um objeto real, mas a busca é incessante e advém como falta de um objeto que foi perdido para sempre.
               Para entendermos o pouco mais sobre isso citamos o complexo de Édipo que  é entendido aqui como a superação da criança em relação à mãe com a aparição do Outro que garanta a função paterna de Lei que se inscreve no inconsciente da criança como proibição do incesto que impede o acesso direto à mãe, objeto de seu gozo.
Em seu livro, Millot, conclui dizendo que a psicanálise se interessa à educação quando leva a criança a suspender os recalques e o educador a não abusar do papel de desprender-se do narcisismo e evitar colocar a criança como seu Eu-ideal.
                Contrariando o que muitos dizem Freud não se preocupou apenas com o estudo do inconsciente e sim com o funcionamento de todo o aparelho psíquico, o pensamento, a cognição, o desenvolvimento e a organização de ideias. Um aparelho psíquico considerado inacabado e guiado pelo princípio do prazer e que tem como objetivo a descarga, a princípio a emocional e a motora, como o choro, o grito, o agito corporal, entregue à intervenção do outro, do “humano próximo”.
                Os pedagogos sabem que é essencial o desejo de aprender, mas parece que se esquecem ou muitos deles nem chegam a saber  da “importância das fontes libidinais do desejo de saber e a influência inibitória do recalque sobre a curiosidade intelectual” (Millot, 1987, p.146). Pois, para a psicanálise, os métodos e as técnicas empregados não são tão importantes quanto o desejo de aprender.
             Muitas vezes, o professor rejeita o aluno por este ser diferente do que considera um “aluno ideal”, mas não assume a rejeição e num processo de transferência, afirma que o aluno é que não quer aprender, outra forma de perversão por parte do educador.
               A espera de “fórmulas mágicas” e “receitas prontas” para sanar os problemas de aprendizagem paralisam o professor e impedem que este vá ao encontro de conhecimento teórico que fundamente a sua prática pedagógica, impossibilitando a reflexão e re-significação para modificação e melhoria dessa prática diária.
                A tese de Millot (1987) é que não existe uma educação psicanaliticamente orientada, pois o educador ocupa uma posição ideal para a criança e o analista de forma alguma pode ocupar essa posição.


3 - Conclusão

                 Os educadores precisam continuar estudando e trabalhando, mesmo conscientes de que a educação ideal é impossível, porém se faz urgente persegui-la à luz, quem sabe, da psicanálise.Para isso seria preciso talvez, um espaço apropriado para reflexões da prática educativa favoreça a “compreendermos muito bem como interpretar em outras pessoas os mesmos atos que nos recusamos aceitar como mentais em nós mesmos” (Freud, 1974, p.195).
                 Que corpo docente e especialista da escola, orientados pela psicanálise, possa descobrir um novo espaço, um novo jeito de se relacionarem entre si e com seus alunos, favorecendo a aprendizagem e o desejo de aprender.
                 Outros autores sugerem ainda, que há um perfil profissional, traços de personalidade e características pessoais que facilitam o trabalho pedagógico e, portanto, sugerem que se introduzam nos programas de formação e nas reflexões das práticas, instrumentos psicológicos como ferramentas de trabalho.
                 Provavelmente uma possibilidade de articulação entre a psicanálise e a educação seja a concretização de um espaço de fala e escuta, onde os professores e especialistas envolvidos no ato educativo e até mesmo nos cursos de formação e na formação continuada desses profissionais, possam tomar consciência e re-significar suas convicções, anseios e ações em sua função de mediadores entre aluno e conhecimento.
               Muito se foi pensado e falado dentro de programas educacionais e formação continuada, talvez seja a hora de abrir um espaço maior para a psicanálise atuar juntamente com um grupo de professores. Um olhar psicanalítico sobre o pensar e o fazer dos professores. Um espaço onde se possa refletir sobre o fazer, através da resignificação para ampliação do repertório e modificação de posturas em relação às suas práticas. Cada um se responsabilizando por suas ideias e pelo que diz.









REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


COUTO,M.J.B.D.E. –Psicanálise e Educação A sedução e a tarefa de educar. São Paulo: Avercamp, 2003.

FREUD, Sigmund. Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. Rio de Janeiro: Imago, 1974. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. XIII).

_____________. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1974. (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de S. Freud, v. XXI).

JOEL DOR. Introdução à leitura de Lacan – O inconsciente estruturado como linguagem.

VIGOSTKY . A Formação social da mente. São Paulo: Martins fonte, 1987.







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